sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Baile de máscaras






Fui a um baile de máscaras negras, procurei-te e não te encontrei. Disseram-me que estavas vestido de negro, acompanhado pela morte.
  Homem, homem não me batas, pois já estou farta de sofrer.
  Procurei-te por todos os lados, mesmo nos becos mais calados. Uma sombra misteriosa seguia-me constantemente; convidou-me a fazer-lhe companhia e então olhei-a nos olhos e vi as gotas da sua mágoa bem escondidas nos cantos disfarçados pelo brilho da luz do sol. Beijei-a e os seus lábios picavam, escondiam espinhos de dor. Homem, homem devolve a minha alma, pois sabes que ma roubaste.
  Nesse baile de máscaras disseram-me que dançavas com a morte, um ritual próprio da sorte.
  Homem, homem devolve o meu pensamento pois sem ele sou uma falhada.

2 comentários:

  1. Gosto! Fascinante como a sedução do desconhecido e da morte encaixam na perfeição!

    'Baile de Mascaras', como isso me soa bem!

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