quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Auto-Retrato




A 11 de Janeiro de 1990 nasceu na cidade mais alta uma rapariga a que lhe foi dado o nome de Marina mas dizem os pais que se soubessem que o seu baptismo iria ser no dia de S. João, se chamaria Joana. Mede 1.75m de altura o que para alguns causa uma certa confusão por se sentirem tão baixos a seu lado. Tem olhos escuros, o contrário da sua alma que é bem clara e transparente. Cabelo comprido, rosto claro e macio. Mãos compridas (dizem que teria jeito para ser parteira, profissão que seria incapaz de exercer, pois a responsabilidade de colocar uma criança no mundo é enorme. Gosta de ter os seus momentos de reflexão e passados esses tenta passar para o papel todas as emoções que no momento sente, e só essas palavras conseguem transmitir para os outros tudo aquilo que é ou tenta ser. Mas é bastante difícil definirmo-nos a nós próprios, pois só os outros conseguem ter uma boa percepção daquilo que somos. O que para nós é uma coisa, aos olhos dos outros é outra totalmente diferente. Como pode um artista, por mais excelente que seja passar para a tela ou para o papel tudo aquilo que é? Um ser tão complexo não se escreve em quatro ou cinco linhas, não se pinta em seis ou sete pinceladas. A sua definição irá ser sempre muito incompleta. É um ser humano que não suporta todos os deslizes da nossa sociedade. Encara o futuro como uma nova realidade e do passado ficam apenas meras recordações do que nunca conseguiu ser. Odeia intrigas, preconceitos, hipocrisia e má educação. É bastante teimosa, chegando até ao ponto de se chatear consigo mesma pois também este defeito tem os seus limites, demasiado orgulhosa mesmo quando não tem razão. É muito compreensiva mas gosta que também o sejam com ela. Já cometeu imensos erros mas foi com eles que construiu a sua própria personalidade e ficou mais forte, pois só eles a fizeram crescer e torna-la no que hoje é. Tenta dar o melhor de si e ajudar os outros no que é possível, dentro das suas capacidades. Gosta imenso de escrever pois só as palavras transmitem o que lhe vai na alma. Adora ler e sentir cada pormenor como se estivesse a vivê-lo dentro do próprio livro. Faz textos sem sentido para alguns como resposta para outros. Quando passa para o papel tudo o que sente, fá-lo com todo o sentimento. É bastante profunda quando a alma está a desvanecer e o corpo a estremecer, com todos os sentimentos à flor da pele. Aprendeu a dar segundas oportunidades pois acha que todas as pessoas merecem uma segunda hipótese mesmo que a seguir a desilusão seja maior. É uma pessoa social mas pessoas a quem pode chamar de amigos tem poucos pois a amizade é uma coisa bastante sincera, não se pode confiar em toda a gente porque a primeira impressão pode ser errada. Gosta de sonhar alto e deseja concretizar todos os seus sonhos mesmo aqueles que a seus olhos parecem ser impossíveis de realizar. Tem medo de morrer e de deixar coisas por dizer as pessoas que mais gosta.

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